quarta-feira, dezembro 29, 2021

Apenas algumas memórias de Natal

Passando pra deixar registrado que finalmente entramos na vibe "o Natal é muito legal, eu amo o Natal"! Ano passado Magnólia ainda não entendia muito bem o que estava acontecendo e por quê tantos pacotes pra abrir ao mesmo tempo, mas agora aos três aninhos ela achou tudo o máximo! Eu amo demais essa época e vou tentar sempre proporcionar muita magia pra ela todos os anos, espero que ela cresça e guarde dentro do coração os mesmos sentimentos que tenho por esse momento do ano. Foi muito divertido ver as reações dela nos passeios temáticos e na hora de abrir os presentes, o quanto ela ficou atordoada com tanta novidade! haha 






domingo, novembro 28, 2021

Minha bailarina e seus três aninhos

Um dos meus maiores aprendizados nessa jornada que é a maternidade é que poucas coisas saem perfeitas ou exatamente como imaginamos. Crianças pequenas vivem num mundo completamente a parte e se você disser que ela precisa se arrumar, precisa ficar parada para tirar uma foto, precisa se comportar como você acha que ela deveria, provavelmente ela vai agir de maneira imprevisível e a frustração vai ser enorme. Sabendo disso de antemão e também conhecendo a personalidade muito forte da minha filha Magnólia, cheia de autonomia e vontade própria aos três anos, eu sou daquelas mães que espera muito pouco, o que vier é lucro. Se as fotos da festa ficarem boas, ótimo. Se não ficarem, ficam as memórias. Acontece que como vocês podem ver abaixo, as fotos ficaram ótimas! haha Mag é extremamente vaidosa, ama se arrumar, colocar vestidos floridos e delicados, frufrus e babados, lacinhos e colares. Adora se ver toda linda no espelho e até desfila pras pessoas! Ela estava simplesmente radiante no aniversário, tão feliz com a mesa decorada, com a saia de tule e suas sapatilhas, seus balões cor de rosa e cones de sorvete coloridos!





Crianças pequenas que viveram a pandemia assim como ela tiveram tão pouco contato com pessoas que sempre que chega alguma visita em casa ela vibra, querendo dançar, cantar, correr, tudo pra mostrar que ela já aprendeu a fazer várias coisas. Ela ganha o dia cada vez que alguém dá um parabéns por algo que ela demonstrou saber, cada mínima atenção que recebe e, com muito afeto, ela retribui sendo gentil. De verdade, é a criança mais gentil e delicada que eu já vi. Eu sinto muito orgulho da pessoa que ela tem demonstrado ser, do quanto ela se expressa e demonstra alegria nas pequenas coisas.








Aniversários pra mim são grandes datas, eu não sou muito boa em lembrar datas mas gosto muito da comemoração em si. Na nossa cultura brasileira as pessoas gostam muito de fazer festas temáticas e com muita informação, confesso que não faz muito meu estilo. Eu sou mais adepta da decoração afetiva, de fazer as coisas em casa com poucos recursos e muita criatividade. Também não sou fã de comprar itens descartáveis, prefiro ter pratos delicados que eu possa reutilizar várias vezes. A ideia do tema bailarina veio de forma muito natural, foi algo que ela passou a gostar muito vendo nos desenhos, nós assistimos Angelina Bailarina (que é a coisa mais fofa!), versões da Barbie bem musicais e o filme A Bailarina de 2016, todos eles foram grandes paixões pra ela! Os macarons decorados são feitos pela minha amiga da @dominic_macarons e as artes na parede e na mesa são pinturas lindas que encontrei pelo Pinterest mesmo, são coisas que vou guardar pra sempre!






Mal posso esperar pra ver quais serão os novos gostos dela nesse próximo ano, se ela mesma vai escolher um tema pro aniversário de quatro aninhos! Eu realmente me divirto fazendo decorações e pensando como será a reação dela ao ver tudo! Você sempre será minha pequena bailarina filha.

terça-feira, novembro 23, 2021

Meu romance com papéis antigos

Eu comecei a trocar cartas com pessoas do meu Instagram pessoal em 2017 e encontrei nesse universo um grande momento terapêutico. Sentar, escolher os papéis pelas cores e texturas, recortar, pensar a composição dos envelopes, os mimos que gostaria de receber de alguém e assim presentear outras pessoas se tornou parte de mim, simplesmente não sei mais como viver sem escrever cartas. Com o tempo, as pessoas foram elogiando muito meus envelopes e me senti encorajada a criar kits de papelaria para vender no meu Brechó de Porcelana. Deixei nesse post um registro de vários dos primeiros kits que foram vendidos.


Eu sempre procuro fechar os cartões com pequenos e delicados botões antigos e arrematar tudo com rendas e broderi, essas são minhas grandes paixões! Sempre tenho pouco material porque uso muito, mas se pudesse, teria um estoque enorme em casa, um verdadeiro ateliê de papelaria artesanal, parecendo um armarinho de vovózinha!



Meu intuito sempre foi colocar nesses kits adesivos de arte, papéis de carta, selos, cartões postais antigos, coisas que as pessoas pudessem usar na criação de suas próprias cartas ou mesmo diários e journals. Infelizmente, com a pandemia, os lugares que costumava ir para comprar esse tipo de preciosidade antiga ficaram fechados por longo tempo. Quando as coisas foram reabrindo aos poucos eu acabei não criando mais nada nesse sentido, mas espero voltar em breve.



A opção que encontrei durante a pandemia para não ficar sem criar kits de papelaria artesanal foi começar a fazer impressões de imagens vintage, especialmente da era vitoriana, com temas diversos que me inspiram muito, como arte, botânica, animais silvestres, damas de época, entre outros. Tenho criado kits com cartões para presentear e estampas para criar colagens. Cada kit é pensado com muito esmero e cada pacotinho é como um presente que envio para um coração romântico como o meu.



O único que fiz com fotografia antiga até agora foi esse com um bebê datado de 1937, simplesmente não pude resistir a essa roupinha dela! E a pose então? Um amorzinho! Sei que tem pessoas que morrem de medo dessas fotografias antigas mas eu tenho uma afeição muito grande por fotos de "bebês de época".


Espero que tenham gostado de saber um pouco mais!
Você pode conferir os kits disponíveis em www.brechodeporcelana.com.br

domingo, novembro 21, 2021

Como é ter um brechó online?

Oficialmente, eu tenho brechó online desde os dezenove anos de idade. Comecei como muitas pessoas, vendendo desapegos, coisas que não faziam mais sentido pra mim e que também tinham sido compradas em brechós físicos. Dei a sorte de nascer em Porto Alegre e sempre tive acesso a isso, faz parte da nossa cultura, tem brechós e sebos por todos os lados aqui. Por alguns anos meu brechó existiu como Vanda Vintage e cheguei a trabalhar somente com ele por alguns meses participando de feiras de rua. Até que em 2016 voltei pro meu trabalho convencional e desisti de vez de todo esse universo. Não posso dizer que foi um erro, afinal fui muito feliz trabalhando em uma livraria local, mas comprar e vender coisas usadas faz parte de mim. Nunca pude deixar totalmente de vivenciar isso.



O meu negócio atual se chama Brechó de Porcelana e ele só existe porque deixei o emprego que tinha quando estava grávida. Foi uma grande decisão tomada por impulso num momento em que eu estava muito frágil emocionalmente. Nos primeiros meses da minha filha Magnólia minha vida financeira estava um caos e a única luz que enxerguei foi tentar ter um brechó pelo Instagram. Naquele início de 2019 eu jamais poderia ter imaginado que esse negócio daria certo, que nos anos seguintes haveria uma pandemia mundial, que eu seria responsável por grande parte do sustento da minha família. Meu brechó é mais que um negócio, é algo em que coloco tanta dedicação como jamais fiz em minha vida profissional, é algo que consome minha energia e, mesmo assim, a cada dia que acordo brotam mais ideias de como fazer as pessoas se apaixonarem por ele tanto quanto eu.



Se você sonha em empreender, saiba que cada dia você vai precisar se reapaixonar pelo que faz. É a única forma de vencer obstáculos que estão por toda parte. Eu sempre digo que ser mãe me trouxe um senso absurdo de responsabilidade e que isso não me deixa desistir jamais. Trabalhar com uma rede social e fazer todas as funções de uma empresa sozinha está longe de ser fácil, mas eu tento poetizar tudo, cada mínimo detalhe dessa jornada.






Primeiros dias

Bem, por onde começar? Eu tive esse blog por alguns anos, acredito que comecei em 2012 e fiz meu último post durante a gravidez em 2018. Acontece que muita coisa mudou desde o parto da Magnólia até aqui. Minha vida realmente revirou do avesso e grandes mudanças aconteceram interna e externamente. Revendo meus posts antigos eu ainda sou a mesma pessoa que visita os mesmos lugares, as mesmas feiras, os mesmos antiquários, sebos e brechós, as mesmas cafeterias e livrarias. Mas é como se as fotos antigas fossem de uma pessoa alheia a mim, não gosto mais daqueles registros e sinto que se pudesse voltar, teria modificado toda a minha existência. A verdade é que desde a chegada da minha filha eu me permiti olhar a vida por outro ângulo e hoje eu romantizo cada mínimo detalhe possível. Definitivamente, os melhores dias vieram com a infância dela.




Em 2019, durante todos os seis primeiros meses dela, eu registrei com muito afeto as primeiras roupinhas. Bom, eu tenho um brechó e trabalho com roupas grande parte do meu tempo. Esses mini pedacinhos de tecido foram as coisas mais preciosas que tive nas mãos. Eu fui incapaz de me desfazer das minhas peças favoritas dela, estão todas guardadas em uma mala e posso imaginar o dia em que ela for mais velha, talvez já adulta, e tenha muita alegria em rever esses paninhos cheios de "frufrus" como eu a ensinei dizer. Nós somos as princesas bailarinas que amam as rendas e os "frufrus".





Eu repito isso todos os dias a três anos: jamais, em nenhum dos meus melhores sonhos, eu pude imaginar ter você. Tão mágica como só você pode ser filha.